Seja bem-vindo. Hoje é

BAGAGEM

Quadro de Irina Vitalievna


E é isso que te dou:
meus braços,
minha força desarmada,
uns instantes entre as águas.

E é isso que levarás
daqui:
o corpo, a alma,
as palavras interditas,
a transcendência
e a catarse.

Carregue tudo
que couber dentro 
do agora,
dentro do sempre,
dentro deste tolo poema
de amor.



Karla Bardanza











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MINHA MÃE ME ENSINOU A OLHAR

Quadro de Alphonse Mucha



Ontem, sentada, sozinha,
tive medo:
não um medinho.
Mas, esse tipo de medo
que apenas as crianças sentem.

Minha mãe lá dentro,
em mais um exame
e eu do lado de fora, congelando
junto com as outras pessoas
na sala cheia de portas
e desasossego.

Um casal chegou com o seu bebê,
uma mãe com o seu filho adolescente,
senhoras, senhores, 
gente, tanta gente.

Li uma revista, fingindo
não perceber o meu abandono.
Subitamente, lá estava eu com oito anos,
esperando minha mãe na porta
da escola, com as unhas roídas,
pensando: "Mãe, cadê você?"

Quatro horas de angústia,
uma eternidade, 
um século.
Não vi quando minha mãe
saiu lá dentro.
Meus olhos estavam fechados,
olhando para dentro,
olhando a praia e os peixinhos
que sempre observávamos
ou mesmo as estrelas e as nuvens.
Minha mãe me ensinou a olhar.

Senti o abraço dela,
o sorriso feliz.
Minha mãe estava ali comigo,
de novo.
O exame foi difícil, doloroso.
Porém, minha mãe estava ali, 
de volta,
de pé,
na minha frente.

Olho para ela,
e vejo todo o meu passado,
toda a minha vida,
todas essas coisas que o amor
entende.

Saímos sem pensar
no que irá acontecer.
Saímos felizes
e leves.

Descemos pelas escadas
e não sei bem como explicar isso,
mas acho que minha mãe
estava iluminada.





Karla Bardanza










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AS MÃOS AINDA DOEM

Quadro de Svetlana Valueva



Nenhum adjetivo dá conta
do tempo das flores,
do gozo escandaloso
da felicidade.

Nada que eu possa escrever,
rimar ou mesmo esconder
pode simplificar o que bate
aqui dentro,
o que existe
porque sempre foi-sendo.

E tudo isso
 é um punhado de coisas inatíngíveis,
de alamedas com rosas,
de coisas divididas,
com a morte e com a vida.

Quando a Deusa
te abençoa e os seus braços
recebem a tua paz,
o vento bate manso,
as pétalas voam devagarinho
para as colinas,
a mágica equilibra o universo.

Sigamos em frente:
o amor ainda é o verbo que pegou fogo,
e eu que não sei nada,
descobri que
sentir saudade é (te) amar de novo,
é viver pela metade,
é.

Não consigo escrever mais:
as mãos doem,
as mãos sempre doem
quando a alma sente.


Karla Bardanza








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A VIDA AINDA ESTÁ VIVA

Quadro de Brenda Burke


Enquanto enfia as mãos fracas
na areia morna, buscando
a umidade fria que está no ventre
da terra, ela fecha os olhos,
respirando calmamente,
sentindo tudo que poderia sentir,
absorvendo com fé
a música escondida da vida.

Seus pensamentos são flechas
cruzando a mente, atigindo
e
errando todos os alvos.
Ela não queria pensar.
Estava ali apenas para abraçar 
aquele momento,
para ser apenas um sonho novamente:
um sonho que não sabia como mais sonhar.

Determinada a fingir que a quimioterapia
era apenas uma palavra destinada ao esquecimento,
ela abre os olhos, procurando conchas
e marias-da-toca na areia,
sendo ela mais uma vez.

O marido estava logo ali,
atrás dela, a observando com os olhos
cheios de palavras angustiadas
e eternidades:
ela sempre soube que aquilo
que havia entre eles era maior do que a morte.
e sobreviveria com força, com delicadeza.
Estranho ficar tão consciente do que é
o amor quando se está morrendo.

Por alguns instantes,
ficou parada, observando as nuvens
formando histórias e imagens
e sentiu uma gratidão esquisita e poderosa
abrir e abraçar o coração,
carregando-a para um paraíso diferente.

Ela não sabe se irá voltar àquela praia
virgem ou mesmo ver as gaivotas novamente.
Ela não sabe nada do amanhã.
Amanhã é amanhã e ponto final.
Mas, bem agora, ela está ali,
lutando ainda, desafiando o destino,
triufando onde não há triunfo
e isto é suficiente.



Karla Bardanza

Para T.J


A vida ainda está aqui. Resta tanta coisa ainda. Seguir em frente é sempre difícil, sempre doloroso. O medo assusta, nos empurra para a escuridão. Cabe-nos viver da melhor maneira possível, mesmo que estejamos duvidando de nós mesmos, de nossa capacidade e força para suportar o que é insuportável. O abismo está tão perto. Olhe mais uma vez o relógio e permita-se encontrar o melhor dentro e fora de você. Feche os olhos, abra de novo. Você fechou: a vida morreu. Você abriu e a vida está viva, te olhando no fundo da alma. Siga em paz.


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AINDA HÁ TEMPO

Quadro de Olga Minardo



Durmo agarrada ao tempo,
contando as minhas reencarnações,
querendo apenas ir embora do palco
antes da cortina descer.

Não aprendi o tudo que deveria
nessas muitas eternidades
em que me descubro com um par de asas
pesado demais para carregar.

Todas as lições ficarão
para depois de amanhã,
para os relógios escravizando
a minha alma infame.

Tenho mil anos
pela frente para encontrar quem
não me encontrou.
Tenho mil vidas esperando
para vestir o meu corpo.

Ainda há tempo
para te achar,
para consertar os ponteiros parados
entre o que fomos
e o que poderemos ser.



Karla Bardanza






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NO INTERVALO ENTRE A MÃO E O ENCONTRO


 Quadro de Ada Breedveld


Pensar o amor
é sufocar de desespero
e delícias.
Os olhos agonizam fechados,
olhando o desejo,
o descanso voraz do mais,
aquelas verdades a dois.

Eu não quero chegar lá
sem começar de novo,
sem que a alma doa de prazer.
O bonito é sempre
o que fica agarrado na pele,
na língua umedecida
pelas palavras sussurradas,
no intervalo entre
a mão e o encontro.

Tudo fica tênue e tonto
e eu transbordo, entorno,
escorro pelas minhas fronteiras
e fico inteira para você.


Karla Bardanza



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QUANDO A CÓSMICA INDIFERENÇA DA VIDA ESTÁ PERTO


Quadro de Francine Van Hove


Este é um modo especial
de me reconhecer quando pouco
sei quem sou ou quando a vida
em sua cósmica indiferença
me atropela sem muito barulho.

Primeiro procuro os meus detalhes
perdidos: as coisas que me fizeram
chegar até aqui, especialmente,
as mais adoráveis e simples.
Depois, vasculho os olhares alheios,
tentando pescar de outras bocas
se sou louca ou se algum dia fui sã.

Não espero muito para amanhã.
Corro e redesenho
todas as coisas que me fazem
maior do que sou,
mais iluminada,
mais inexplicável.

E sem deixar me reduzir
pela indecisão nossa de cada dia,
salto para dentro do meus caos
essencial, rasgando a pele,
fraturando os céus,
gritando para afastar
o medo que todo dia está mais perto.

Quando o sol está aberto
e eu posso enxergar as minhas imperfeições
com clareza, fico nua diante
de mim, de ti, dessa
que ainda pouco entendo
e que muito desconheço
e morrendo de dentro para fora
e de fora para dentro,
eu cresço.


Karla Bardanza



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DA CORAGEM E DA DOÇURA


Quadro de Donna Shvil



O coração estava molhado
e os lábios sem batom.
Os olhos estavam cheios de nevoeiro
e a força morta.

A porta estava distante demais
para ser aberta ou fechada
e tudo dizia apenas
que sofrer daquela forma
não era mais preciso.

Deitada no chão,
ela perdia o que já havia perdido:
Ela doía como nunca pensou
que pudesse.
Ela doía com paz e ousadia,
com jeito de quem ainda
sabia o quanto as asas pesavam.

E aquele tempo
foi pouco e suficiente
para ser tão corajosa:
porque para sofrer é preciso muita coragem,
muito desejo de sentir essas coisas
que nos arrancam as costelas
e nos enchem de nada.

E ela não tinha vocação
para a dor, para desencontros
com a claridade.
Sentiu enquanto pode,
deu-se o privilégio do luto,
esperou o susto sossegar.

Quando deu a mão
a si mesma e levantou,
o peito tinha apenas
uma única vontade:
a de amar de novo,
a de ser fogo e doçura.


Karla Bardanza


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EM LINHA RETA

Quadro de Orestes Bouzon



Estou do lado de cá,
desobservando as coisas
que acontecem depois
do amor, ou do quase amor,
ou do quase.
(esse quase sempre me assusta).
São tão inconfessáveis
e limitantes.
São tão desconcertantes
os caminhos que me levam
para o canto da mesa
e me fazem olhar em linha reta.

Tuas profundidades rasas,
teu deus pequeno
(aprendestes tão pouco com ele),
as coisas sujas do teu ego,
engolindo o universo claustrofóbico
do que já é asfixiante por natureza
são torturantes.

Indelicadezas tuas.

Dou meia volta volver.
Recuo com tranquilidade,
pelo vazio,
pela cidade,
desobedecendo o que sei
de mim, guardando uma a uma
todas as palavras que nunca foram ditas
nos bolsos, enquanto sento
e almoço sem nenhuma dúvida
ou dívida com o destino.


Karla Bardanza



Recadinho básico:

Não preciso do teu cânone literário, do teu julgamento de forças, das cartas que dás.
O cânone sou eu. 
Pode continuar me lendo (porque eu sei que me lês): eu permito







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PRIMAVERA

Quadro de Evelyn de Morgan



Que as flores venham uma a uma
falar-me da Deusa.
Que cada pétala sagrada desperte
com vontade de sobreviver,
de ser paisagem, arrepio
e convulsão.
Celebro a vida com margaridas,
rosas e bocas-de-leão:
símbolos acesos,
mitos e suas graças.

A única coisa que peço
é que a vida me leve até o fim,
até as margens das palavras delicadas,
das coisas que precisam ser
quando eu mesma já não for.

Acordo
difusa,
verdadeira,
grávida de mim mesma.
A partir de hoje,
sou semente.
Nunca mais vou viver
apenas por enquanto.



Karla Bardanza



Feliz Ostara Irmãs e Irmãos!Abençoadas/os sejam!

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ENTRE ASPAS

Quadro de Helene Beland




Sento à beira dessas águas
sem pensar, sem nada dizer,
ouvindo todas as músicas
escondidas nos cabelos do mar,
nas conchas charmosas e livres
e quando abro os olhos,
tudo revive.

Pressinto a vida.
Pressinto milagres assombrados
para aqueles que amadurecem
e  abafam a dor parada no
meio da garganta.
Posso sentir mundos.
Recupero os sentidos
com os pés descalços e molhados:
algo está encantado.

Olhando para mim,
escrevi entre aspas
o tamanho do meu sonho
e, sinceramente,
ele não cabe no depois.
O meu agora tem pressa.


Karla Bardanza






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O SONO INTRANQUILO

Quadro de Alexandre Cabanel




Dormirei insensatamente
com os olhos abertos para ousadia,
escrevendo na pele a poesia dos sentidos,
escurecendo com vontade ao lado
do infinito.

Enquanto tudo me espera, deixarei
que escolhas o que queres ser
para mim.
Ficarei ali, amansando as palavras,
acariciando as coisas sem explicação:
minha mão quase na tua barba,
puxando vertigens,
sendo.

E quando acordar
( como se eu pudesse acordar),
vou esquecer que você 
está  dentro de mim,
vou esquecer
que eu estou dentro de mim
e repousarei febrilmente mais uma vez
na minha incansável angústia
de não ter você.



Karla Bardanza









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DESTINO DE MULHER

Quadro de Childe Hassam


Ela conhecia poucas palavras,
poucos sentimentos, poucos sonhos.
Seus olhos cheios de profundidades
e amanhãs transbordavam apenas
diante das flores, da força telúrica
que a chamava baixinho dentro dos canteiros
suaves e ternos.

Para ela, o mundo era simples.
Desconhecia o que não germinava,
o que não era 
solo e possibilidade.
Ela mesma era uma semente
pronta para florir.
Quando guardava o infinito
adormecido dentro do coração
era porque a primavera estava chegando
e ele voltava mais uma vez de suas viagens
e pequenas emoções.

E ela...Ah! E ela tinha aprendido com
as flores a delicadeza necessária para viver.
Ele chegava cansado, suado, perdido
em pensamentos e sordidez.
Ela, calmamente tirava os sapatos dele,
enchia a banheira com água morna,
esperando a sua vez de abraçar
as suas eternidades
e naqueles momentos,
ela sabia
o quanto o amor podia guardar
tantas maldades.



Karla Bardanza












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ENCONTRO COM O MAR


Quadro de Edward Cucuel



Os silêncios deste encontro com o mar
 crescem dentro de mim como ondas
carregadas de sofreguidão.
Escuto-me.
Rapidamente cresço para além deste instante,
aproximando a minha solidão do horizonte,
confortando as águas-vivas e tudo
que está escuro nesta profundezas doces.

Completo-me com candura:
abraço esta verdade gentil e feroz,
falando sem voz com o oceano
dentro e fora desta paisagem,
renunciando a esta coragem estranha
que arranha as minhas palavras,
e a todas as estas coisas que ainda
não aprendi a dizer.
E por um tempo impossível,
olho o fogo de minhas mãos,
e vivo apenas o invisível.


Karla Bardanza










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DAQUILO QUE SE PENSA QUE TEM

Quadro de Alma Tadema


O meu corpo não tem filosofias,
nem fronteiras,
a pele insaciável arrepia, provoca
o céu da boca:
toda a escuridão é pouca
para os sentidos e as pétalas da flor.

E o amor não é amor.
E o amor é um nome inventado
para se ter motivos, para ir além
e colher todas as maçãs que cabem
apenas na minhas mãos.

Pedaços de prazer,
lazer ou troca de favores,
as cores são apenas minhas:
eu me amo.

E de olhos bem abertos,
quase te chamo, quase
te comungo:
você reza com tanta devoção.
Coisas assim me fazem rir.

Quando viro para o lado
com os olhos de fugir,
meu corpo não está mais ali,
meu corpo já flutua em outra dimensão
e nada quer mais de ti
e nem do céu.

Minha imensidão não cabe na tua cama.
De mim, cuido eu.
A vida é sempre aquilo que já te pertenceu:
sublime poesia e acontecimentos.
Quando tudo acaba,
e tudo acaba sempre,
nada tens: 
nem a mim,
nem o tempo.



Karla Bardanza











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POR FAVOR LEVANTE A MÃO


Depois da guerra travada,
lambemos os feridos,
enterramos os mortos,
engolimos a derrota.

Não há rota,
reta, rito.
Não há mito,
vencedor ou glória.

Essa história sórdida,
esse lixo, isso e isso
eu vomito,
eu renego.

E se chorei
foi porque eu conheço 
o tamanho da dor e da vergonha,
foi porque eu acreditei
nas mudanças,
foi porque eu ouvi algum dia
que eu podia fazer a hora,
antes de esperá-la acontecer.

Olho para você, companheiro,
olho para mim,
somos o grande nada,
somos a massa pisoteada
pelo bem da nação.

Quem está feliz com a sua vida,
com os rumos deste país,
por favor, levante a mão.



Karla Bardanza


Rio de janeiro 13/04/2011

Militantes agredidos na Câmara - PL 1005 ainda não foi votado



A diretora do Sepe (Coordenaçãoo da Capital) Suzana Gutierrez e a professora Jocelma foram  
agredidas e chegaram a ser presas pela PM namara de Vereadores durante a votação do 
PL 1005.  
Devido à pressão dos manifestantes, as professoras foram soltas e continuam namara.  
Seguranças e PMs, de forma autoritária e truculenta, impedem que a categoria lote totalmente 
as galerias
O PL 1005 ainda não foi votado, o que pode acontecer a qualquer momento.

 DURANTE A VOTAÇÃO DO PL 1005



  Veja neste link fotos da votação do PL 1005 ocorrida ontem namara de Vereadores do Rio,  
que foi aprovado  pela bancada do prefeito. O PL é um ataque aos servidores do município do Rio. 
As fotos podem ser usadas, mas pedimos que o autor seja citado (Fotos:Samuel Tosta/Sepe).









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ENTRE AS SOMBRAS E A LUZ


No meio das sombras,
tão perto da luz,
ouvi Krishna Das,
pensando tão pouco
nestas coisas reais,
nestas pequenas coisas
que me afastam da minha própria
divindade.

E enquanto as pessoas procuram
por nomes para chamar o que
pensam estar fora, sento
calmamente e ouço o
que está dentro de mim,
e tudo canta:
um mantra abre o céu,
alcança as estrelas,
e me leva com as mãos
cheias de flores,
com os olhos cheios de compaixão.

Lamento os que não querem
ver.
Lamento os que não querem
ouvir.
Lamento os que não querem
falar.
Penso nas lutas diárias,
nas pequenas guerras travadas
entre os que ainda precisam entender,
na Terra, nas palavras
que me fazem um pouco melhor,
um pouco mais gente,
e sinto, apenas sinto
que o amor ainda é a grande
mudança, a grande verdade,
o caminho único para encontrar
a si próprio
e ao outro.


Karla Bardanza







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Mere Gurudev, charanon par, sumana shraddha, ke ar pita hai

Tere hee dena, hai jo hai.. Wahi tujha ko, samarapita hai

Na priti hai pratiti hai, na hi puja ki shakti hai

Meraa yaha man, meraa yaha tan, meraa kan kan samar-a-pi-ta hai

Tuma hee ho bhaava men mere, vicharon mein, pukaron mein.

Banaale yantra ab mujhko mere saravatra samarapita hai

Mere Gurudev, charanon par, sumana shraddha, ke ar pita hai



Meu Gurudev, receba estas flores de minha fé aos teus pés
Tudo que tenho,fostes tu que me destes,e eu te dedico tudo.
Não tenho amor,nem te conheço
Não tenho nem forças para te reverenciar,
Mas esta minha mente,este meu corpo,
Cada átomo meu é dedicado a ti.
És o único em meu coração e em meus pensamentos,
És o único a quem chamo,
Agora, faça-me teu instrumento...tudo que sou te ofereço.


Esta música também é conhecida como a Canção de Amor de Krishna