Quando ele viu a morena,
Esqueceu da vida.Correu
Atrás até conseguir aquilo
Tudo que o mundo tinha
Trazido de presente.
Ele cada vez mais ausente...
Andou com a morena
Pelos quatro cantos do
Rio de Janeiro.O romance
De vento em popa...Era o
Início de Fevereiro.
Ela no navio negreiro...
Ele de cabeça virada,
Dava tudo para a morena:
Casa, comida e roupa lavada.
Vivia em função de seu
Muito doido coração.
Ele cada vez mais ausente...
Um combustível diferente
Alimentava aquele caso.
Ela era movida a dinheiro.
Ele era movido a paixão.
Ele - um sonhador...
Ela - pé no chão...
A outra apanhando
No navio negreiro
Era um restinho de mulher.
Se olhava no espelho e dizia:
“Meu marido não me quer.”
Um dia ele não dormiu
Em casa.Ela criou asa
E voou até o trabalho
Do marido.
Quebrou o escritório,
Ele e o oratório.
Foi uma confusão só.
Quebrou a morena também.
Desatou o nó.
Ele deixou o barulho rolar.
Não fez nada para salvar
A gostosona das mãos
Daquela selvagem.
Amarelou.
Perdeu a coragem.
Ai, então, percebeu
Que o buraco era
Mais embaixo.
Botou coleira.
Virou capacho.
Agora, ela é quem manda.
E ele obedece.
Virou santinho, tão quietinho.
Não bebe, não fuma,
Futebol, nem pensar!
Descobriu uma nova mulher
Em casa.Virou escravo.
Voltou a amar.
Quanto mais ela pisa,
Mais ele a quer.
E pensa feliz:
“Isso é que é mulher!”
Karla Bardanza
Esqueceu da vida.Correu
Atrás até conseguir aquilo
Tudo que o mundo tinha
Trazido de presente.
Ele cada vez mais ausente...
Andou com a morena
Pelos quatro cantos do
Rio de Janeiro.O romance
De vento em popa...Era o
Início de Fevereiro.
Ela no navio negreiro...
Ele de cabeça virada,
Dava tudo para a morena:
Casa, comida e roupa lavada.
Vivia em função de seu
Muito doido coração.
Ele cada vez mais ausente...
Um combustível diferente
Alimentava aquele caso.
Ela era movida a dinheiro.
Ele era movido a paixão.
Ele - um sonhador...
Ela - pé no chão...
A outra apanhando
No navio negreiro
Era um restinho de mulher.
Se olhava no espelho e dizia:
“Meu marido não me quer.”
Um dia ele não dormiu
Em casa.Ela criou asa
E voou até o trabalho
Do marido.
Quebrou o escritório,
Ele e o oratório.
Foi uma confusão só.
Quebrou a morena também.
Desatou o nó.
Ele deixou o barulho rolar.
Não fez nada para salvar
A gostosona das mãos
Daquela selvagem.
Amarelou.
Perdeu a coragem.
Ai, então, percebeu
Que o buraco era
Mais embaixo.
Botou coleira.
Virou capacho.
Agora, ela é quem manda.
E ele obedece.
Virou santinho, tão quietinho.
Não bebe, não fuma,
Futebol, nem pensar!
Descobriu uma nova mulher
Em casa.Virou escravo.
Voltou a amar.
Quanto mais ela pisa,
Mais ele a quer.
E pensa feliz:
“Isso é que é mulher!”
Karla Bardanza
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