Atire teus sorrisos
Que eu vou ficar contente
No fundo do abismo.
Atire tuas palavras
Que eu vou coser todas
Elas na minha blusa
Cor de terra.
Aquela mesma que visto
Quando saco minhas armas
E estou em guerra
Comigo mesma.
Estou com sono
E não quero brigar
Com as ilusões.
Deixe-me dormir
Sem escudos ou capacete.
Não quero estar nas
Chamas.
Um escorpião não aguenta
O fogo. Acaba morrendo
Com o seu próprio
Veneno.
Não nasci para tantos desafios.
Deixe-me descansar no ventre
Confortável da minha tenra
Inutilidade, crucificada pelos
Meus poemas que chegam
A lugar nenhum.
Todo dia
Mais um,
Mais um.
E quem sou eu nesta
Nesta falsa pretensão
De ser poeta ou poetisa.
Nada. Nada.
Apenas brisa.
Karla Bardanza
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