A irresistível eternidade
mora tão longe de meus olhos
sem calma.
Procuro-a entre
os livros guardados
no porão iluminado
pelas teias de aranha,
abarrotado de memórias que
atiram pedras aos meus pés.
Vasculho páginas,
desfaço entrelinhas
e em cada metáfora,
estou sozinha, buscando
palavras presas em teias
suspensas na imensidão.
Espero por mim.
Vigio os sonhos e os poemas.
Aguardo intranquila
o amanhã,
o eterno amanhã
que reparte o tempo.
Calo tudo por dentro
e escuto o vento gritar
um poema que ainda
não escrevi.
Respiro cansada,
cessam as minhas buscas.
Não há eternidade.
Não há respostas.
Apenas perguntas
dormindo preguiçosamente
nas linhas de meus poemas.
Apenas o meu nome
que ainda sinto dificuldade
de escrever.
Karla Bardanza
Um comentário:
Vagando nessas tantas ruas virtuais, encontrei tua porta de amante das Letras aberta - e entrei. Devo anunciar-me como um desses que diz "Oi, de casa! Trago aqui em minhas mãos a chave para dias melhores: escrevo e vendo livros!". Assim, venho te convidar para visitar o meu blog e conhecer as sinopses de meus romances, a forma de adquiri-los e, posteriormente, discuti-los. Três deles estão disponíveis inclusive para serem baixados “de grátis”, em formato PDF.
Um grande abraço literário,
João Bosco Maia
Postar um comentário