Não é o bastante,
O nervo exposto,
O sangue sem rumo,
O soco no rosto.
A dor é uma volta
No círdulo, o infinito
Que nunca foi, as indas
E vindas da roda da fortuna
Quando a carta cai na
Mesa.
A delicadeza embrutece:
Os punhos estão fechados
Para o perdão.
Tudo silencia nesta fábula,
Menos a poesia.
Bendita sois vós que me
Alimenta o corpo sem paraíso.
Bendito é o fruto do teu
Ventre fecundo.
Quando mais nada tenho,
Tenho ainda o mundo.
Karla Bardanza
3 comentários:
Forte
Belo
Com uma encantante harmonia fonética
Gostei em especial dos primeiros versos
Não é o bastante,
O nervo exposto,
O sangue sem rumo,
O soco no rosto.
Boa poesia.
Bjo.
Obrigada pelas palavras.
Beijo
Karla Bardanza
Bela, esta (q.u.a.s.e) oração de amor.
(Lembro-me de a ler e de a comentar no Luso-Poemas. ainda bem que a encontrei novamente;-)
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