Essa boca, morango deitado
Na minha língua é o exercício
Pleno ameno de poder.
Você...
De costas para a lua, olhando
Em meus profanos abismos
Sagrados.
Morrer...
Afagando pelos e peles
Enquanto o céu sobe pelas
Paredes e as estrelas desmancham
Em meus seios sem rodeios.
Deitar...
Nas tuas mãos, em teus perigosos
Vãos até o amanhecer não querer
Se despedir e ficarmos aqui, um
Olhando para o outro, decorando
Histórias e geografias, poesias no
Teu corpo: eu vejo o amanhã em
Ti.
Sonhos...
Nus, sonhos pelados no chuveiro.
O mundo inteiro mora nesse quarto,
Nessa cama, nessas paredes, nessas
Horas sem fundo, na tua boca cheia
De nuvens procurando a minha.
Desejo
E desejo mais uma vez, nós três:
Eu, você e o prazer amarrados
Pelos carinhos de cetim...
Eu não sou de mim.
Eu sou de teus grandes atos, de tua
Alma cheia de sol, dessa mancha linda
No lençol, de tuas mãos embriagadas
E de mais tudo e de tudo mais nada.
Karla Bardanza
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