Vou além dos mapas,
procurando a língua do ser
quando ela tira acordes do céu,
curando-me, acordando as ondas,
escrevendo novas palavras para
os meus ouvidos.
Minha longitude pessoal muda,
descansando entre os dedos dela:
estou seguindo a frequência do campo
eletromagnético da Terra,
indo para onde procuro direções.
Ela deixa impressões que expandem
e suspiram a poesia escrita nas pétalas
da Flor de Lótus,
Não tenho mais corpo, mente, ego.
Eu sou única e sou o todo
respirando embaixo d'água,
respirando devagar, devagar.
Respirando junto com Anoushka,
sentindo o deus e a deusa abraçados
no som primordial.
Karla Bardanza
Este poema é um tributo à Anoushka Shankar. Sua música me cura.
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