Quadro de Chloe Early
Bebe-se na mão do abismo
as gotas insanas do agora.
Palavras conspiram no peito,
sombras deliram nas horas inquietas.
Esvai-se a suavidade das mãos
enterradas na areia eternamente morna.
Os prédios contemplam os olhos lá de baixo
ardendo como insensata chama.
Queda-se a esperança sem voz,
sucumbindo ao grito final.
O que fica espatifado no chão
é sempre mais do que os cegos podem ver.
Karla Bardanza
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