Entre o cais e o horizonte,
Meus olhos ancoram em águas
Profundas e sonolentas.
O mar lamenta, o mar apenas lamenta.
O tempo está fora do tempo, e o infinito
Vai embora sem deixar rastros, sem desvendar
Todas as estrelas que caem no oceano e acendem
A memória:
A vida é uma concha cheia de silêncio.
A vida é o espaço eterno entre o sonho
E todas as possibilidades do real.
Quase ferida, vou ao fundo dessas águas,
Bebendo um pouco mais, um pouco dessa
Mágoa.
Karla Bardanza
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