O amor nos evita,
Fugindo em conversas tortuosas
E vagas, tirando os pés da frente,
Recolhendo-se no sofá cansado.
Eu sinto o tempo multiplicar
Em vozes perdidas, que dissolvem
Todo o perdão escondido em minhas
Palavras sem verdade.
Evito o amor também, esquecendo
Sua sombra robusta e fascinante
Por entre as sombras e flores.
Saio sem olhar para trás, com as
Mãos enfiadas nos bolsos da
Desesperança, pensando sempre
No que poderia ser dito, carregando
Nas costas o peso de ser apenas
Eu mesma.
Karla Bardanza
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