Meus desejos sem sol
Nunca precisaram de
Palavras mesmo em
Frases longas e caladas.
Eles cabem todos nos
Meus olhos de fogo
Ou nos uivos do meu
Lobo voraz e faminto.
Deito nos braços da lua
E enquanto faço amor
Com o céu, apenas te sinto.
A noite irônica e santa
Agoniza e persegue uma
Só miragem: aquela que
Procria a fera que não
Dorme em mim e que é
Apenas a mais simples
Maldição. Agarro tudo
Que me alucina e já nada
Mais me basta além da
Melhor tentação.
E nos braços do meu
Diabo perfeito que lambe
As minhas coxas, enterrando
Com delicadeza a faca cega
No meu peito, eu descubro
A esterilidade da alegria
Que sempre se reduz, que
Sempre cabe no teu olhar
E que eu ouso chamar de
Amor ainda.
Karla Bardanza
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