Deita entre nós dois,
Dou de comer aos
Olhos de fogo, jogo
De mãos, fascinações
Suspensas nos lençóis.
Desatamos nós, perdemos
O vento, perdemos a voz
Entre paredes líquidas
E fagulhas tão ardentes.
Sentes as oferendas
Da pele? O cheiro enche
O espelho de sons e cores.
As flores gemem, minha boca
É apenas entrega.
Estou sempre cega no teu
Corpo: nada preciso ver
Quando tudo é arrepio
Essencial e paraíso.
A tarde arremessa sentido
Pela porta aberta e o mundo
Não cabe aqui quando fugimos,
Quando mentimos, quando
Tropeçamos no prazer.
Karla Bardanza
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