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LAMENTO CIGANO



Enrolei o destino nas minhas saias

Enquanto deixava os meus pés sonhar:

Descaminhos de mim.



Descalça e com o leque nas mãos,

Escondi a alma.

Meus véus falam no meu silêncio,

Meu pandeiro se cala.

Todas as cores são fitas abraçando

O passado e o futuro.



Enrolei o destino nas minhas saias

Enquanto chorava sem olhos num tempo

Fora do tempo, dançando com o

Vento destruidor.



Se essa cigana não mais voltar,

Diga apenas

Que foi por causa do amor.



Karla Bardanza






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