quem de pé ficará
para ver a poeta chorar,
rasgando as horas
que sentam no
vazio da resistência?
no extremo do nunca,
a luta, a puta culpa
por sentir mais do
que pode, a voz sem voz.
quem de pé ficará
para carregar as palavras
quem caem doentes,
loucas e deprimidas
no chão?
vida que mata.
saída sem porta,
obscena-mente.
mente quem levanta mão.
mente-coração.
sutil ansiedade acorda
a covardia, a poeta
é uma cor fugidia,
uma nuvem me cobrindo
disso que desfigura.
a poeta é uma figura
sem favos e fé.
a poeta foi-se e é
sendo quase sido.
quem levantará
para lhe dar mais
um diagnóstico?
por enquanto um enquanto,
um santo sem canto
ou talvez.
por enquanto apenas
o que não se pode tocar
porque a mente sente.
porque a mente é
infeliz-mente.
karla bardanza
escrito em 30.11.2015
para ver a poeta chorar,
rasgando as horas
que sentam no
vazio da resistência?
no extremo do nunca,
a luta, a puta culpa
por sentir mais do
que pode, a voz sem voz.
quem de pé ficará
para carregar as palavras
quem caem doentes,
loucas e deprimidas
no chão?
vida que mata.
saída sem porta,
obscena-mente.
mente quem levanta mão.
mente-coração.
sutil ansiedade acorda
a covardia, a poeta
é uma cor fugidia,
uma nuvem me cobrindo
disso que desfigura.
a poeta é uma figura
sem favos e fé.
a poeta foi-se e é
sendo quase sido.
quem levantará
para lhe dar mais
um diagnóstico?
por enquanto um enquanto,
um santo sem canto
ou talvez.
por enquanto apenas
o que não se pode tocar
porque a mente sente.
porque a mente é
infeliz-mente.
karla bardanza
escrito em 30.11.2015
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