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ACALANTO DE YASMIM

Deite tua alma no meu ombro:

O universo cabe nesse momento,

As pétalas são filhas do tempo,

O amor descansa nos meus braços.

A vida passeia pelas vidraças, montanhas

Caminham para dentro de mim.

Yasmim cabe em meu corpo novamente.

Gesto o sonho, argila moldando as formas,

A verdade respirando em meu ventre.



Entre: não fique ai fora.

A hora nunca chega sem avisar.

Dar-te-ei o meu sangue, criatura minha,

Flor de minha alma, meu abrigo e jardim.

Acalanto Yasmim.

Coloco-a perto do vento, soltamos as almas

Pelo ar: somos pipas, somos gaivotas

Na rota do sentimento.

Sinto uma estranha água brotar em

Meus olhos.

Uma gota escorre sem explicação.

Algo arrebenta por dentro, explode

A luz, desarma o coração.



E de repente a coragem é tão maior,

Crio juba, fico rugindo, lambo a cria.

Sim, acalanto a filha amada,

A carne minha feita poesia.

Sim, acalanto Yasmim uma vez mais

E tudo se dissolve neste instante

Que o amor ama calado e se chama paz.



Karla Bardanza






2 comentários:

Helen De Rose disse...

Mana! Que lindo está seu blog! Estou encantada com tudo. ...E tudo se dissolve neste instante/
Que o amor ama calado e se chama paz... Amando...

Karla B disse...

Mana de meu coração.Saudades de ti.Fiquei feliz com a tua visita.Te love.