Com um cigarro no canto da boca
e um cafézinho na mão,
ela chora em cima do velho colchão:
arena de tanto ardor imperfeito.
Perto do peito, uma antiga
medalha dada por algum canalha.
Rosto quase belo, já
esquecido e amarelo.
Mãos amargas, corpo duvidoso,
cabelos cansados.
E ali dentro do quarto sagrado,
ela fuma as mágoas e a dor uma a uma
até que a sua própria alma também suma.
ela fuma as mágoas e a dor uma a uma
até que a sua própria alma também suma.
Karla Bardanza
2 comentários:
quem é o canalha?
Nem eu mesma sei quem é.Adorei o comentário.Beijão.
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