Quadro de Diaz Alama
Tirou a roupa
e enxergou a força
do dia dentro de si mesma.
Viu discos-voadores
no mar, garçons quase franceses,
comidas difíceis de falar,
palavras poéticas que andavam.
Sentiu tudo:
a intensidade de ser
o que nasceu para ser,
o belo já desapercebido,
o inconcebido morando no espelho.
Viu-se nova, viu-se velha,
viu-se assim.
E maravilhada,
balbuciou "sou poeta"
para a janela aberta,
para as flores da noite,
para a vida soprando
sonhos com delicadeza,
para a mulher tão extraordinariamente
comum que ainda respira
em seus versos.
Karla Bardanza
Um comentário:
Lindíssimo Karla! Parabéns. Me idenfiquei super!
Bjs
Clarice
www.penadeprata.blogspot.com.br
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