que o ar, as cerejas
dançam no copo
de Martini.
Nada a prende
ou a define
nestes momentos
em que ela se equilibra
nas frutinhas vermelhas
ou na borda do copo.
Fica tão alegre
que esquece de tudo.
O mundo pode esperar
ela beber mais um
pouquinho.
Tudo vibra ao redor:
o ar entra tão fraco
pelas narinas,
o coração pulsa cheio
de excitação e álcool.
Ela parece uma bailarina
quando anda nas pontas
dos pés.
quando anda nas pontas
dos pés.
E
a vida continua assim
mesmo depois que as cerejas
acabam e a bebida também.
Então, ela vai ao bar
sujo da esquina
e toma umas cervejinhas
como quem não quer nada.
Sempre volta para casa
carregada pelos braços
musculosos do ar
que já sabe muito bem
onde e como ela vai acabar.
Karla Bardanza
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