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A ESPERANÇA, ESSA MINHA AMANTE


A esperança, essa minha amante
É meu par constante e diário.
Encontro-a em lugares estranhos:
Na banheira, dentro do armário,
Numa caixa de velhas fotografias,
Na coluna de uma revista e na poesia...

Ela enche minha cabeça de sonhos
E possibilidades, põe na minha boca
O gosto da felicidade e me lambe
E me quer e me fala:vá à luta, mulher.
Ouço-a com o meu surdo coração.
E acabo sempre enfiando os pés pelas mãos.

Ela é a minha adorada, enfeita os meus dias
Com flores e gargalhadas...É tudo que me
Faz levantar e esperar por dias de sol,
Por tardes de vinho e girassol...Minha
Amante está sempre adiante, me levando
Para o paraíso...Com ela ambrosia, beleza
E a melhor sintonia. E se vivo, vivo por
Ela.E se não a vejo, vou à janela e então
A reconheço em algum olhar de paixão.

A esperança, a minha melhor amante
É a que nunca está distante...Carrego-a
Em meu peito feito emblema. Ela chega
E pergunta: Qual é o problema?
E eu descanso em céu, em luar, em luz...


Karla Bardanza

2 comentários:

Maria Oliveira disse...

Concordo que a esperança seja um dos pilares fundamentais para que a nossa existência, cheia de contradições, faça sentido.

Adorei o poema.

Abraço

Olga disse...

É bom ser uma pessoa com esperança! No entanto, também nos pode iludir, "(...)ela enche a minha cabeça de sonhos/ e possibilidades(...)".
Mas como diz o provérbio "a esperança é sempre a última a morrer", portanto, ela faz-nos lutar, viver "(...)e esperar por dias de sol(...)".

Gostei muito deste poema e do tema escolhido.

Parabéns pela escrita.