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A MATEMÁTICA DO MEU TEMPO


Se eu pudesse me multiplicar e não apenas me dividir,
Eu não tinha que subtrair o que já não posso somar.
E por isso vou por ai tentando potencializar o momento
Que não me sobra e que acaba de terminar.
Corro sem parar e o tempo parece me atropelar,
Não faço o que quero fazer e se isso é viver, nem
Tempo há para me refazer.Tudo parece me levar
E nem mais luto, deixo me levar pela correnteza
Diária da grande cidade que me devora, engole,
Enquanto a hora voa quando fico à toa.
De repente, noto que sou escrava.Sou eu aquela
Amarrada ao relógio,chicoteada pelos ponteiros,
Correndo o dia inteiro para lá e para cá, cansada
De mim mesma, indelicada com minha alma que
Nem dormindo parece descansar.Então me pergunto
Que horas vou me amar...e ai percebo que isso só irá
Acontecer quando eu criar asas e voar.

Karla Bardanza


















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