O momento transborda
E a eternidade começa.
A voz entorna prazer,
Libertando toda a linguagem.
No tumulto doce de boca com
Boca, nada é o bastante.
A beleza arrebenta a tarde,
Desacatando o corpo.
- estremeço-
A vida me possúi,
Anistiando as horas.
- permanço-
E é tão brutal
A lâmina que me despoja.
Perdemos os limites,
(des)obedecemos os ritos.
Pelo lado de dentro,
Somos mitos.
Tudo agora está em perfeita ordem.
Não nos acordem.
Não nos acordem.
Karla Bardanza
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