Quadro de Alfredas Jurevicius
Traga a luz, traga a luz para Vênus.
Sem ela, nada desabrocha,
respira ou eterniza.
Traga, traga a luz
e crie o incriado
profano ou sagrado.
A luz não sobrevive sem o amor:
esse mistério que une os opostos,
e me faz transitar entre os mundo
e autotransfigurar-me
pois mesmo sem nada ter,
tenho quase tudo.
A rosa de cinco pétalas
está em minhas mãos,
sinto-a viva,
entrando em minha alma
em perfeita simetria.
Estrelas multiplicam-se em triângulos
e triângulos são poesia.
Traga a luz para mim
e acorde-me desse sono,
da ilusão pequena e primordial.
Luz, luz, luz,
anjo na escuridão.
Vênus precisa de ti
e da luz preciso eu,
faça-me conhecer o desconhecido,
pois o amor sob vontade é
a lei do meu único deus.
a lei do meu único deus.
Karla Bardanza
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