Que a Lua cuide de mim
e desenhe o meu destino
em um roseiral.
Já me vou por ai
sem hora para chegar,
com a cabeça bem confusa.
Continuo vestindo
a mesma blusa.
Não mudo assim não.
Tem coisas que permanecem
e eu acho que está bom
desse jeito.
Peito perfurado de balas perdidas,
minhas pobres vidas,
minhas indas
e vindas
e eu na cena ainda.
Já não sei mais
o que me faz feliz
nem quem está com a razão.
Estou crua
mais uma vez.
A carne exposta,
os ossos doendo,
os olhos cheios de choro.
Mas está tranquilo
mesmo sem Happy End.
Deixa estar,
um dia a gente se entende.
Um dia,
as coisas dão uma virada.
Quero mesmo
é seguir em frente
enquanto afundo
no mais profundo nada.
Karla Bardanza
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