Quadro de Andrew Gonzales
quase não vejo
as flores escondidas
nas sombras da casa,
nem ouço
a respiração ofegante das palavras
pelo corredor.
o que fica depois do amor?
quase desconheço
os mesmos lugares:
não há nada
mais aqui para mim.
o que resta quando nada mais resta?
minhas mãos hesitam:
faltam-me o ar e a eterna poesia da vida.
não busco respostas rápidas.
abraço a solidão com candura.
quando a alma doeu tanto,
tudo pode ser suportado
com glória e absoluta paz.
o que fica depois do fim?
apenas amar uma vez mais.
Karla Bardanza
Um comentário:
Bom dia!
Gosto muito de ler seus poemas.Cada dia um mais bonito que o outro e profundo.
Grande abraço
se cuida
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