Quadro de Karel Bacar
Há dias fracos,
engessados,
que olham incessantemente
para a vida que vai pelo ralo abaixo
enquanto quebram sem rapidez.
Há dias
que o fundo do poço
é a superfície do nervo exposto,
o rosto voltado para a sombra
da nossa frágil pequenez
escondida embaixo do colchão.
Há dias em que não temos
mãos ou pés,
em que não temos nada
além de um punhadinho
de vida.
Karla Bardanza
Um comentário:
Ah, Karla, como me é conhecida esta sensação!
As tuas palavras nos trazem sempre um punhado de sensações!
Bj
Helô
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