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DEITADA NOS BRAÇOS DA TRISTEZA


Deito nos braços da tristeza
Enquanto ouço minha alma
Sangrar.
Silêncio em meus confins.
Uma paz cruel ao redor.
Solidão só
Solidão e nó.
Razões não acho,
Não pulam de minhas entranhas.
Estou do lado de fora de mim.
Olho essa estranha,
olho essa que me acompanha.
E nada sei salvo essa subjugação:
Eu escrava de minha reflexão.

Minhas idéias fogem, escapam
Para o recorte de minha realidade
Estou situada no mundo
E o mundo não cabe em meus espaços.
Não o interpreto, não o leio, não creio.
Oculto-me nos sofismas que disseram.
Engulo a contradição, a lógica, o cânone.

O que é não vai ficar tal como está.
Minha angústia é o meu par.
Quero a negação da negação:
Quero a síntese de mim mesma.
O devir...Sorrir, apenas sorrir.
Deitada no coração da tristeza,
Trago o céu para a terra e em
Dor encontro a essência do amor,
Nesse silêncio que me apavora.
Não vou além, apenas vou embora.
E esse drama que me atravessa
E me confunde, me dilacera todo
E todo dia na busca de mim mesma.

Karla Bardanza

Um comentário:

Anônimo disse...

Karla,boa tarde...Lá já está arrumado..
Obrigada por me avisar...
Lindo o seu blog...maravilhosas as suas poesias...parabéns!
Bjinhos no seu coração....