A busca do outro corpo
Lavado pela chuva corrói
O tempo, faz a hora engasgar.
E tudo ou quase tudo é a
Perda dos mormaços, das marés,
Das luas de sangue.
Rasgo a noite com pensamentos
Embrulhados em papel de pão,
Secando lentamente toda a excessiva
Magia que alimenta e engorda
A alma.
E o meu corpo
É apenas as sobras
Das ventanias, dos furacões
Que sempre destroçam
As naus embriagadas de perfume
E alguma certeza.
Karla Bardanza
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