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A ROTA DO CORAÇÃO



Não quero ser poupada

Neste amor.

A eternidade não basta.

A hora se chama infinito,

O agora é o sempre com

Olhos de folia.


Não quero ser poupada

Neste amor, não quero

A anistia do medo.

Preciso desta queda para

O alto, desta total completude

Tão mitológica e ideal.


O amor é da tessitura

Dos sonhos, da largura

Da poesia.

Encantada nessas profundidades

Sem fim, encontro ainda um

Pouco mais de você todo dia

Em mim.


E deito anestesiada,

Cansada de duvidar

Dos pequenos milagres

Que apenas o amor

Ainda pode trazer para

Aqueles que já esqueceram

A rota do coração.





Karla Bardanza




























































3 comentários:

Rudá disse...

Lindo poema, Karla.

Muito bom saber que você voltou a dar atenção ao Blog.

Beijo carinhoso,

Rudá

Raquel Curvello disse...

Karla, fico feliz que esteja de volta! Não sou nenhuma poetisa mas gosto muito de ler seus poemas e também de saber sua opinião sobre os meus... Afinal, se hoje escrevo a responsabilidade é, em parte, sua também... bjs

Anônimo disse...

Quantaaaaaaaaa sensibilidade....
Ainda existem verdadeiros artistas neste país !!!!!!!!
Parabéns !!
Ameii o poema ,,,