Quando eu me perder nesta claridade
Que me transcende e asfixia, serei
Todas as palavras da tua poesia,
Talvez aqueles sonhos guardados
De saudade, justamente aqueles
Em que fui a lua te beijando as mãos.
O que me habita é o passado, fotos
Perdidas, imagens bordadas com o
Meu coração ausente, lágrimas
Escondidas em letras que me fogem
Quando lembro tanto de você.
Antes eu tinha a ilusão como ofício
E verdade. Agora nada há em minhas
Mãos. Talvez um pouco de desalento,
Talvez os pequenos milagres que
Vivemos...E tudo isso morre com
O tempo...E tudo isso é o que já
Respira triste dentro de mim.
Karla Bardanza
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