O melhor delírio
É sempre molhado
E insaciável.
Receio essa resposta
Não clara, esse silêncio
Escrito nos olhos,
Nos bicos dos meus seios
Que apontam para a esperança
Sempre re-atualizada.
Receio quando me solto
De mim e tudo é vaguidão,
Cio e sentimento.
Que venham os deuses,
Que venha o tempo,
O desassossego é terno
Quando a ousadia
É umidade.
Escolha o delírio,
O lírio sujo e branco,
Escolha-me.
O desejo não sabe
Esperar.
Isso é mar rebelde: correnteza perto, loucura dentro.
(afogo-me, afogo-me)
Karla Bardanza
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