Queime o passado-presente,
Pise nas ervas, quebre
As pedras, torture até
Que falem o que não é
Para ser falado.
Imagine o que não existe.
(No início não era o verbo.
A Arte era outra)
De quantas lágrimas é feita
Uma religião?
Quantas pedras haverá mais
No chão?
Mate até perder a conta.
Contabilize a dor e a vergonha
E depois siga em frente.
Quando olhar para trás, verás
Que alguém ainda sonha.
E te diremos mais uma vez
Que a Arte é o caminho
Que a Lua nos ensinou, que
A sacralidade da vida não
Depende de visão, que
O amor sobrevive e ainda
É a nossa religião.
Karla Bardanza
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