Quadro de Hélène Delmaire
Tenho sede de águas profanas,
de coisas que não alcanço
e que descansam em músicas,
em meus olhos fechados.
Invento a hora,
curvo os minutos,
traço rostos e rotas em retas
que nascem e morrem no infinito.
E o que sinto
arranca algodão
dos campos de cetim.
E o que sinto
abre as portas do mar
que desemboca estrelas
dentro de mim
Karla Bardanza
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