Está visão alimenta
Os lobos famintos
Que rasgam a lua com
Os seus uivos louros,
Morenos ou ruivos.
Olhos desmanchando
O alvura, inaugurando
A noite escura com o
Que é e pode não ser,
Quando todas as insanas
Possiblidades não cabem
Mais dentro do eixo e
Do centro.
Palavras cortando o
Amanhecer, (des)encontros
devorando a fome que
Não some com o que fura
Os olhos sem razão.
Toda a matilha salta
Do peito para as imagens
Sôfregas e quase reais,
Querendo tudo, querendo
Mais.
E eu que já não sei nada,
Amanso os lobos escondidos
Dentro de mim, dilacerando
O sol, encorajando mais
Um, pronto para atacar.
E já satisfeita com cada
Cena que perde a pureza
E a tradição, durmo tranquila
Ao lado de meus amados,
Sendo tão mais "santa",
Falando sobre todos os
Sentimentos Sagrados (Oh!!!)
Karla Bardanza
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