Quando a lua crescente debruça-se
Para escutar as minhas ressonâncias
No dorso do mar e observar a vida
Misteriosa dos planetas, acalanto o
meu livro: amante amigo de meus segredos
E iniciação. Todo o universo mergulhado
No limite, expande-se na luz que
Ultrapassa a estrela do meu peito
Como lembrança daqueles dias em
Conheci a neve e prometi apenas
Silêncio, confiança e perfeito amor.
Guardo todas as palavras, guardo
O que os olhos não podem nunca
Ver e que abragem os tempos.
Doce vento, doce fogo, doce mar,
Doce terra: o equilíbrio dos mundos
Escrito nos elementos, naquilo que
É a grande mágica da vida e da poesia.
E olhando tão dentro do luar, encontro
A neblina da noite desenhando o teu
Nome em minhas profundezas ainda
Ignoradas. E tão livre das brumas e de
Tudo que a claridade emudece, deixo
Meu coração vazar em seiva sem fim
Trazendo você para dentro de mim.
Karla Bardanza
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