Quadro de Kirsten Bailey
Te quero tanto
que dá medo.
E medo dá
quando te beijo
e as estrelas caem
aos meus pés
ou mergulham
nos teus olhos azuis.
Tudo ao redor
corre, voa,
naufraga,
e não ha vaga
aqui dentro
para mais ninguém.
Te faço amor
sem fazer,
te engulo,
abraço,
e injeto na veia,
caindo nas tuas palavras mansas,
desejando mais,
dizendo não,
fingindo paz.
E sofro
todo dia,
querendo
o que você
também tem
medo de me dar.
Por que dói amar?
Deveria ser light,
white, fácil assim:
era só manter você
ocupado dentro de mim,
era só afrouxar os nós,
mas tua voz faz eu
me desconhecer.
Então
eusouvocê,
eusouapenasvocê.
Karla Bardanza
Um comentário:
Bom dia!
Lindo seu poema.
Encanta-me ler com os olhos da alma.
Grande abraço
se cuida
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