Quando minha vista
Cansada se deita na rede
mais angustiada da varanda,
Procura livros e explicações.
Vasculha palavras, rabisca
Letras com um amarelo
Popular e pede a metáfora,
A antítese, o desejo e
A resposta.
Passa horas enlouquecendo,
Buscando o Graal do
(des)conhecimento,
Imortalizando o tempo
Que nunca envelhece
Quando aprende.
A alma bebe,
O corpo sacraliza
As páginas, o ato
É ritual e catarse.
E eu mergulho
No fonema, na sílaba,
Na frase, no parágrafo,
No texto que me amarra
Com as linhas do puro
Prazer.
Karla Bardanza
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