Fechei os olhos para o amor:
Ele parte sem culpa, eu apenas fecho
As mãos cobrindo o meu coração,
Escondendo o meu silêncio,
A minha derrota,
E solidão.
Pensei que poderia ser como eu
Sempre fui: independente, livre,
Com asas na alma, pensei...
Te resgatei do inferno, te dei colo,
Te amei...te amei...te amo...
Te fiz o meu Deus por tantos anos
(Mesmo quando não querias)
E ainda assim hoje te liberto
Para que volte para ela, para casa,
Para o que me mata e transfigura.
Leve o vinho, o pão, as carnes, o milho
E a água, leve a vida.
Mantenho o meu juramento,
Leve o tempo,
Deixe a ferida.
Meu nome é Calipso
E hoje assisto a minha morte
Com honra e cabeça erguida
Enquanto as nuvens cobrem
As minhas lágrimas e o céu
É apenas refúgio e dor.
Meu nome é Calipso,
E eu bebi o amor,
E eu conheci a delicadeza
Do mais profundo prazer.
Agora a porta está fechada
E não há mais nada,
E não há mais nada.
Karla Bardanza
Nenhum comentário:
Postar um comentário