O instinto de existir ultrapassa
A alma, todas as manhãs as seis,
Quando as horas me chamam
Delicadamente para que eu me
Despedace entre o real e as outras
Possibilidades do ser.
Como uma sombra sem destino,
Acordo por fora enquanto por
Dentro ainda durmo, cansada,
Apenas cansada.
Os dias plainam, as estações abrem
Ou fecham o céu. Folhas caem de
Minhas mãos, amanheço lá pelas
Nove quando o café me dá bom dia.
Mais muito antes, estou lá, rabiscando
Quadros, deixando para trás um pouco
De mim, aprendendo que a vida é afeto
E carinho, escrevendo o meu nome em
Páginas, autografando o momento com
O que ainda sei e com que os livros
Teimam em esconder.
Karla Bardanza
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