O sonho tem um olhar de nuvem assustada
E fala de coisas como se não houvesse amanhã
(amanhã...)
Depois desse encanto de última hora, o amor é mais
Que uma simples possibilidade despencando
Da minha meiga luxúria, é a evidência imperfeita
De que a mágica dura o tempo exato do delírio.
E eu, sinceramente, prefiro o delírio e as suas toscas
Conseqüências.
O impossível sempre guarda as melhores surpresas.
(é...amanhã...)
Com a licença dada, deixo o sonho morrer em paz.
De todos, foi o mais medroso, o mais difícil, aquele
Que é a mistura do talvez com o jamais.
(engraçado, bem no outro dia, ficamos um olhando para o outro)
É, sonha melhor quem pode sonhar a dois.
Que assim seja...
(amanhã, nunca ou quem sabe depois...)
Karla Bardanza
Nenhum comentário:
Postar um comentário