Quando desenhastes uma estrela
Na palma de minha mão, eu senti
Teus dedos ferindo a minha alma.
Havia tanto silêncio nos meus olhos.
Quando pintastes a lua no bico do
Meu seio, eu senti o teu calado calor
Queimando a minha mais profunda
Pele. Havia tanta luz naquele quarto.
Toda a perfeição não cabe em minhas
Palavras. O sonho é sempre distante
Demais, a paz é sempre a melodia que
Fica quando não podemos escutar o
Que restou do nosso coração sem voz.
Deve haver um segredo enterrado no
Meu peito: manhãs de sol frio, flores
Abertas à beira de mim, folhas caídas
Aos meus pés, um lago cheio de magia,
Um país em que deixei a minha alma.
A neve ainda cobre metade do ontem.
A dor é branca. Meu jardim ainda chora
Cercado por poemas que escrevi quando
A vida ainda era a minha resposta. Já não
Sei quando comecei a morrer. Já não sei.
Karla Bardanza
Um comentário:
Karla,
Nem sei que palavras escrever diante deste momento. tocou-me demais.
a sua escrita é de facto um bálsamo.
bj
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