Estou de férias.
Deixei fora das
Minhas malas
Todas as ilusões
E impossibilidades.
Fechei a valise
Para abafar a voz
Da saudade.
Deitei no meu próprio
Colo, acarinhei o meu
Ego esmagado pelo
Peso das palavras
Que nunca quis dizer.
É, estou de férias
De mim mesma, de
Todas as coisas que
São tão sagradas.
Enxergo esse silêncio
Com tanta passividade,
Organizando as mochilas
Que ainda estão cheia
De sonhos poéticos.
Estou de férias do mundo,
De tudo que ainda
Sinto no fundo dos olhos
Da minha inexatidão.
Nada mais a declarar.
Com o visto de entrada
Para a dor e o passaporte
Na mão,
Vou desviver.
Karla Bardanza
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