Quando ele cortou os cabelos dela,
Ela relevou.
Ficou calada, olhado as pedras
No meio do destino.
Não buscou respostas.
Não.
Pouco tempo depois,
Ele cortou a sua língua
E ela como era acostumada
A ser calada, nem chorou.
Assistiu o seu próprio sangue
Escorrer:
Gotas do infinito amor.
Um dia de brumas iradas,
Ele cortou as suas mãos
E ela que tinha a poesia
Nas pontas dos dedos,
Sentiu que lhe restava
Quase nada. Talvez
Apenas as flores para
Admirar.
Então, num último golpe,
Ele lhe arrancou os olhos
E ela olhou finalmente
Para dentro.
Tudo era exaustão.
Tudo estava em pedaços
Ou pela metade.
Lembrou que tinha pernas
E pés. Tentou fugir na noite
Escura.
Ele foi mais rápido.
Quando voltou a si,
Estava deitada na cama
Com a alma amputada.
E foi assim
Que ela
U
O
O
V
Karla Bardanza
Um comentário:
Lindo e inspirado seu blog! parabéns e obrigada pela visita carinhosa no CLIP. seja benvinda sempre!!!
bjs
Mara Bombo
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