Enquanto a luz estava acesa
E ela via as linhas no caderno,
Havia entendimento, talvez
Houvesse alguma explicação
Para o inexplicável e até para
Mistérios observáveis guardados
Com profundidade.
Ela aceitava.
-Mas o imutável tumultua-
Um dia sem data e sem nome
Que parecia ser um dia qualquer
Foi o sinal para a largada. Algo
Estranho perfurou todo o bem
Que a sua retina via. Algo distraiu
A alma e depois de ficar algum
Tempo com as ovelhas, ela
Aprendeu a ser lobo.
E aos poucos foi implodindo
Tudo ao redor com tanto
Ódio de tudo, do mundo,
Das coisas que insistiam
Em acampar em sua mente
Sem amortecedor.
E quando não havia mais nada
Para destruir, ela começou a
Subir mais alto nas montanhas
Brancas com tanta pressa, com
Tanta pressa.
Quando acordou definitivamente,
Estava na roda
Falando de si e dessa vez
Ela estava limpa.
Definitavamente limpa
Só por
Hoje.
Karla Bardanza
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