ou calúnias.
Desaconteço com tranquilidade
diariamente
diariamente
minha mente é uma pluma voando,
indo para um resto de sol,
indo para o murmúrio da lua.
Dentro da minha boca,
há todas as palavras
que alguém não me disse,
que alguém esqueceu de dizer.
Parece que uma primavera
silenciosa dorme em mim.
Um milhão de sementes
estão aqui, prontas para
desabrochar:
posso ver minhas pétalas.
Posso ver a cortina aberta,
a cadeira esperando por quem
há de chegar.
Sento nela:
minha pele tão macia descansa
as expectativas e as possíveis rugas.
Uma canção está pendurada nas fotos
da estante e pisca para mim
com o seu ar retrô.
Por que será que tudo sempre
fica tão mais distante
quando eu lembro quem sou?
Amanhã,
prometi para mim mesma
que vou ser diferente.
Enquanto isso não acontece,
as leis da Física me estudam:
estou em estado de inércia total.
Karla Bardanza
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