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(DIS)SOLUÇÃO

Quadro de Grace Lin




Fatiei os minutos e as horas
e os servi em bandejas
de esquecimento,
deixando
um pouco de mim
e do tempo
em mãos assustadas
e olhos de infinito.

E escrevi
na eternidade,
o que sinto,
o que minto,
o que me dissolve
em inexatidão
quando
seguravas as minhas mãos
e os relógios
congelavam.

Coisas morrem,
tudo vai com
o vento.
Resta quase nada
apenas o instante inacabado,
a frase que ficou
para trás,
a paz que não me faz falta,
o tempo de cabelos brancos.


Karla Bardanza




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Um comentário:

A VIDA É UM ETERNO APRENDIZADO disse...

Bom dia!
Como sempre seu poema é perfeito, a imagem é perfeita e as duas coisas juntas nos permite sentir a profundidade das palavras.
Grande abraço
se cuida