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DE CORPO ABERTO

 Orley Ypon





 Se ainda houver perdão
no canto da boca,
se ainda houver...

Tão natural
é a mão estendida,
é a vida que abre
o orgulho 
sem julgamentos,
é a hora cheia de paciência
e esquecimento.

Faz tanta falta
essas coisas
que morrem
entre olhos,
no abismo do peito
sem transformação.

Se ainda houver energia,
se ainda houver,
me deixa chegar
perto desse silêncio
e desenhar uma ponte
entre os nossos pés sonhadores.

A gente não precisa
disso.
A gente nunca foi 
isso.

Não carece de me perdoar.
O erro é sempre de quem
entendeu menos.
Mas, preciso te dizer
que o tempo
nos ensina a perder
com graça e mansidão.


De qualquer forma,
forte é sempre
aquele que primeiro
retirou a faca enferrujada
dos fios que separam
a alma
do coração.


Karla Bardanza

Saímos pela vida perdendo as pessoas que amamos: 
pais, filhos, amigos, amantes, e etc
por orgulho e medo. 
Nunca é tarde para bater na porta e tentar novamente.
A vida é sempre aquilo que fazêmos dela.



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Um comentário:

Helen De Rose disse...

Linda mensagem do seu poema, Mana. A razão é a mãe do orgulho, tenho certeza disto. Há momentos que precisamos de um tempo para equilibrar nossas emoções e sentir nossa essência em silêncio. Isto é transformador e renovador.
Abraço em você.
Adoro tudo o que você escreve.

Helen.