Richard S Johnson
Deito-me no chão da sala,
contando as partículas do ontem,
abraçada a minha cachorra
que insiste em ser melhor do que eu
nestas questões de afagos
e docilidade.
Minha gata aproxima-se
pedidndo um pouco de mim também.
Olho ao redor,
mais completa,
mais suada,
mais alguma coisa intensa,
sentindo esse poder que a gente
ganha de pesar e medir as coisas
após os quarenta
e
pela primeira vez,
me sei feliz.
E se isso tem outro nome,
deve ser paz,
deve ser candura.
A gente não precisa de muita coisa
para chegar lá.
As mão precisam estar
segurando apenas o coração.
Todo o resto,
é apenas uma questão
de ouví-lo bater.
Karla Bardanza
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