Os mutilados andam por
Ai e são tantos e são muitos.
Não lhes faltam mãos ou pés,
Não lhes faltam os olhos, não
Lhes faltam a verdade tampouco
A mentira. Eles deixaram a alma
No altar da dor, no templo febril
Que lhes escondem até ao meio-dia.
E eles quase não possuem nada
Além da própria pele mastigada
Pelo que ainda os apavora e os
Faz adormecer quando as horas
São abissais e todas as aves negras
E tortas.Quando a eternidade fechou
Todas as portas.
Karla Bardanza
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