Pra chegar lá, vou deixando a vida me levar...
Ao sabor do vento, nos braços das nuvens,
Sou apenas grão...Sou apenas um pedaço do
Sonho de mim mesma, de meu próprio mito,
Do infinito que guardo dentro de mim com
Olhos de poesia e mãos de alecrim...
E se vejo é porque está além, e se caio é
Quase de bem, e se morro é porque estou
Cheia de vida, e se lamento é porque só
Tenho o momento, e se sou eterna escrevo
Para adiante do tempo.
E a vida me leva sem licença poética ou
Permissão, sem me dizer onde mora o
Perigo, onde está a paixão...Nada faço
Quando perco um pedaço, quando caio
No chão, quando não encontro no meu
Peito o meu cansado coração...
E vou indo sem pensar, sem saber se é
Melhor escolher o delírio ou a redenção,
Sem saber qual é o roteiro ou o nome da
Próxima canção...
A vida vai me levando e daquilo que sei
O recomeço e sempre daqui a pouco, é
Sempre agora...Fico a espreita e a espera
Do que há de vir e quase sempre encontro
O prazer respirando dentro de mim.
E de passo em passo, me reinvento com
Cuidado e magia nas páginas amarelas
De um velho caderno de poesia...E enquanto
Leio as entrelinhas do encanto tão atrevida,
Vivo uma vez mais a vida.
Karla Bardanza
Govi - As smooth as silk
Um comentário:
"...E enquanto
Leio as entrelinhas do encanto tão atrevida,
Vivo uma vez mais a vida"
Mais um lindo poema.
Parabéns, Karla!
Postar um comentário