Não sei o que sou e se sou
O que era antes de não saber
De quem é está identidade amassada
E apagada dentro da bolsa.
Perdida entre a dúvida
E todos os desejos, não
Ando para lugar nenhum,
Não faço nada mais do que
Divagar e devagar eu vou
Sem saber onde esse mar
Vai dar.
É...Essa que já se desconhece
Tem quase tudo de mim.
Um jardim nos olhos de flor,
Uma ferida que quase não pára
De sangrar, os sonhos de luar,
As pedras que juntou para
Atirar...Aquelas que quebraram
Todas as esperanças que tinha.
E assim sigo sozinha pelas
Dobras da noite, chorando
A identidade que já não
Sei onde está quando
Fecho os olhos e já não
Sei mais como voar.
Karla Bardanza
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